Momentos Intemporais....

Pensava eu que não viria aqui tão depressa... Por falta de "Estado de Espírito" dizia eu para mim próprio. Mas eis que este "Estado de Espírito" me deu para aqui...

Vou voltar com a musica. Desta vez, não para realçar a sua mensagem, mas a sua capacidade para nos transportar para locais e para situações passadas, que marcam as nossas vidas de forma inolvidável.

Teimamos em apenas recordar as más experiências, pois diz o povo, são essas que nos ensinam a viver. Têm a sua razão. Mas é sem dúvida com as boas recordações que vamos adoçando as nossas vidas. São as boas recordações que dão sentido a esta curta passagem pela vida.

A musica tem a capacidade de nos transportar de novo para esses momentos. Escolhi Enya. Vá-se lá saber porquê ;-). Talvez porque a sua musica nos faça reviver momentos (Su)rrealistas, à imagem dos seus videoclips. Talvez porque a sua voz melodiosa e angélica nos conduza numa viagem pelos sentidos...

Com certeza haverá mais pessoas que já sentiram essas mesmas sensações. Num qualquer lugar, numa qualquer ocasião, ecoam numa sala cheia de gente os sons de uma musica, e como uma luz que se acende, os nossos olhares procuram-se no meio da pequena multidão, ligados pelos acordes melodiosos, e ao encontrarem-se, cheios de cumplicidade, somos transportados imediatamente numa viagem temporal para locais e situações que ficarão para sempre intemporais.

Haverá, certamente, pelo menos duas pessoas que se revejam nesta descrição...

Estou a ler.... Já terminei.

Após um grande interregno, voltei a ler. E foi rápido. Peguei, devorei, e terminei. Não tinha muito tempo, mas o tempo somos nós que o fazemos. Foi uma prenda quase natalícia, mas que nada teve a ver com esta quadra. Mas foi daquelas prendas que nos sensibilizam... que gostamos de receber. Obrigado... Amigos...
Soube a pouco. Ficamos com vontade de continuar... É um conto, um romance, mas acima de tudo, uma hino ao amor, uma história de vida.
Aconselho:
MEMÓRIAS DAS MINHAS PUTAS TRISTES - Gabriel Garcia Marquez

Vamos à musica

Hoje vou mudar da fotografia para o video. E para a musica, mais precisamente. Melhor ainda. Para a mensagem que pode ser transmitida, pois a musica foi desde sempre um meio de transmissão de mensagens, mesmo quando estas eram por demais controladas. Podemos falar de Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco.... Etc. Etc. Etc. Mas não é desses que me apetece falar. Não que não tenham lugar, obviamente que o têm, e de que maneira. Mas não. Hoje apetece-me falar de um compositor também ele algo controverso ao longo da sua carreira, antigo vocalista dessa também enormíssima banda que são os Pink Floyd. Estou a falar, é claro, de Roger Waters. Apetece-me falar também de um conflito que se prolonga no tempo, ao qual nenhum de nós pode ficar alheio. O Libano. Este país do Médio Oriente, onde se travam lutas de poder, que se arrastam por décadas. Onde as clivagens ocidente/oriente se acentuam, numa zona já de si instável.
O Album, ou melhor, o single, já que é composto apenas por duas musicas, "To Kill The Child" e "Leaving Beirut", sendo o vídeo respeitante a esta última, foi editado apenas para divulgação na internet, em 2005, e esteve para fazer parte da banda sonora do filme/documentário de Michael Moore, Fahrenheit 9/11, mas que acabou por não fazer.
Mas o tema é a música e a sua mensagem. E hoje mostro este vídeo que está no Youtube.com dum concerto que foi dado em Portugal este Verão, no Rock-in-Rio, onde EU tive o enormíssimo prazer de estar, e no qual tocaram ainda nessa noite o Mestre Carlos Santana, o nosso Rui Veloso, para além de outros grupos menos sonantes (pelo menos para mim.). Coloco aqui também o link para a letra integral desta musica, que é um autêntico hino à hipocrisia do ocidente e dos seu novos senhores da guerra. Pena que no vídeo aparece a versão de concerto, a qual é cantada sem obedecer à sequencia apresentada na letra. Embora no concerto, o que falta da letra, vai sendo visualizado tipo banda desenhada no ecrã.
Já agora uma referência para este parte:
"Are these the people that we should bomb
Are we so sure they mean us harm
Is this our pleasure, punishment or crime
Is this a mountain that we really want to climb
The road is hard, hard and long
Put down that two by four
This man would never turn you from his door
Oh George! Oh George!
That Texas education must have fucked you up
when you were very small"

Sol Poente

Não tem castelo, mas tinha de a colocar....

PERFIL

Castelo - Silhueta

Mais uns tempos sem por aqui meter os calcantes, neste caso, a ponta dos dedos.

Isto anda complicado. O Tempo não estica. E é esse tempo que não pára, e que nos vai deixando marcas. Marcas na nossa memória, que por vezes reaparecem para nos fazerem lembrar momentos vividos.
E dirá algum transeunte que por aqui passe, perdido, o que tem esta foto a ver com estas balelas???
E eu digo. Tem tudo. Este castelo que nos trás à memória tempos já idos de uma infância irrequieta, onde se ia viver verdadeiras aventuras, combater alguns medos, e brincar. Brincar como hoje não se vê as crianças fazer. Uma ida à pena do índio, ao principio, era uma enorme aventura, pois as alturas não facilitavam, e foi coisa com que nunca soube conviver muito bem... mas depois... bom... já se fazia praticamente a correr.
Hoje, ao olhar para trás, penso: Que sorte que tínhamos. Não havia Playstations, nem Nintendos, nem computadores. Mas nós fazíamos os nossos jogos, e mais realísticos não podiam ser.

Padrão Salpicado

Mais um padrão salpicado de pequenas bolas ressequidas.

Emaranhado de Outono

Quase um mês depois, eis-me de novo por aqui. De facto o tempo tem faltado, e de que maneira.

Quanto ao outro tempo, o meteorológico, esse tem-nos brindado com uma belas carradas de água, o que também tem contribuído para que não haja umas saídas para umas fotos.
Esta é anterior ao temporal, quando numa dessas saídas, reparei no padrão criado pelo emaranhado de folhas e ervas retorcidas e repisadas, que jazem no chão de um caminho pouco usado, serpenteando pelo meio de um montado, e que forma uma paleta de cores muito própria e característica desta bela estação do ano.
E, eis que lá no meio, desabrocha nova vida, cheia de frescura e de um verde intenso.
É assim o ciclo da vida.

Chegou o Outono

Após algum interregno, por falta de tempo, eis-me de volta. Desde o Verão que não dava umas voltas por aqui. E para brindar a nova estação, irão aparecer aqui algumas fotos de tonalidades e ambientes característicos desta nova etapa que chegou.

Alguns textos bastante interessantes...

Sobre este tema, aqui deixo alguns caminhos para textos muito mais bem escritos que o meu, com grande comentários, onde podemos fazer alguma reflexão sobre o bem e mal... http://bits.webhs.org/bitaites/?p=2475
http://bits.webhs.org/bitaites/?p=2476
http://bits.webhs.org/bitaites/?p=2444

América, América... para onde nos levas????

Como não podia deixar de ser, nesta data deveremos fazer uma reflexão muito séria sobre o que queremos como futuro para nós e para os nossos descendentes. O mundo, tal como nós o conheciamos, deixou de existir. Desde as últimas décadas do século século passado, até aos nossos dias, a par da evolução tecnológica, o mundo tem cavalgado a um ritmo alucinante. E na maior parte das vezes, infelizmente, nem sempre com o melhor dos resultados. As guerras da ex-jugoslávia, em que tudo continua em "banho-maria", sem se saber muito bem o que dali sairá. O Médio-Oriente, enfim... nem sequer uma réstia de esperança.
Quando as coisas pareciam querer tomar um caminho mais pacífico, o fim do Muro de Berlim, a queda da União Soviética e o consequente final da guerra-fria, pareciam indiciar um futuro melhor.
Mas eis que começamos então a descobrir que os maus, esses seres terriveis que só pensam na queda da raça humana, afinal não desapareceram. Apenas mudaram de local. Ou talvez não. Eles sempre lá estiveram, só que no outrolado da trincheira. Daquele lado que onde a grande maioria da nossa sociedade também se coloca. Os artefactos outrora utilizados para combater o dito "monstro" do comunismo sem sujar as mão, eis que começam a virar-se contra o dono.
Contam-se horrores sobre o que se passa do outro lado do "Muro", mas eis que começamos a apercebermo-nos que deste lado as coisas não são diferentes. Apenas mais bem dissimuladas.
Vemos um lider de um país que para ajudar na luta contra o tal monstro, se torna no melhor aliado, mas eis que um dia nos lembramos de dizer que ele passou a ser o monstro, e com a fachada da luta a favor da "Democracia", se vai a esse país e arrasa-se por completo, apenas para que os interesses de uns senhores que têm umas quantas fábricazitas de armas possam arrecadar mais uns muitos "ões". E é com base nessa fachada da luta pela "Democracia" que se mantém um embargo há dezenas de anos a um outro país, onde, claro, a população vive numa agonia diária. No entanto esse povo mostra toda a sua perseverança, e num momento de alguma fraqueza e ansiedade quanto ao futuro político, e vem mostrar todo o apoio ao seu velho líder. A "Democracia" não é a vontade do povo? Parece que para esses senhores essa "Democracia" só é válida quando é da mesma cor da nossa. E mais. Se deixa abafar, subjugando-se a um poder corrupto, onde só os interesses económicos interessam.
"Democracia"?? - Alguém se lembra como este senhor ganhou as primeiras eleições???
E esses senhores que tanto bem querem ao mundo, têm o descaramento de vir dizer que "não existem provas concretas que a emissão de gases esteja a causar as alterações climáticas..." e recusam-se a assinar o protocolo de kyoto. E eis que levam com o Katrina, e mais uma vez, se vê a fraqueza da super-potência, que deixa ao abandono uma cidade inteira, numa das zonas mais pobres do país.
Esses senhores que fazem de pessoas como Bin Laden, dos Talibans, e outros que tais, aliados no combate ao "comunismo"...
Esses senhores que se dizem o país das liberdades, mas que efectivamente, vivem um tipo de fundamentalismo muito mais perigoso, cultivando a cultura do medo, de modo a manter o poder de forma totalitarista.
Esses senhores que atropelam todos os direitos internacionais, que apoiaram Pinochet's, e todas as ditaduras sanguinárias Sul-Americanas.
O país das liberdades, onde se fazem escutas indiscriminadamente, onde se criam prisões para manter suspeitos de terrorismo, sem culpa formada, durante anos, sobre tortura. Qual a diferença para a tortura praticada por Sadam?

E eis que chega o 11 de Setembro, e... tudo muda... só que para pior.
Mas será que o aliado mudou????

Nota. Obviamente esta foto não é minha... foi tirada da net: http://killtown.911review.org/

Reflexos na dupla foz

No seguimento do que já disse anteriormente, uma das mais valias que nós temos agora na nossa zona, são estes grandes espelhos de água. E há que aproveitá-los. Eu, à minha maneira, vou tentando aproveitar da melhor forma, já que para banhos... não obrigado. Dando umas voltas e tirando umas fotos.
Esta foto é na foz da ribeira de Torrejais, que por sua vez, agora, é também a foz do Ardila.

Tonalidades

A imensidão Alentejana, as resistentes azinheiras que teimam em sobreviver isoladamente, depois de décadas de dizimação, para a cultura desenfreada de quem quis fazer do Alentejo o celeiro da nação. Utopias, como tantas outras.
Mas a natureza sabe renovar a sua beleza. Depois da primeira lavra nas terras preparando agora, talvez, um ano de descanço, à falta do verde das azinheiras, eis que passados alguns dias, e algumas pingas de água, começam a vislumbrar-se alguns verdes que se juntam às várias tonalidades dos solos revoltos, que vão do amarelo ao castanho vivo. E ao fundo... uma azinheira que teima em resistir.

Um Braço de Alqueva

Não há fome que não dê em fartura - diz o povo com a sua grande sabedoria.
Cá no nosso Alentejo, eis que, quase de um momento para o outro, tudo mudou. Não há muitos anos poderiamos andar quilómetros e quilómetros, e água nem vê-la. Hoje, até mesmo da parede do jardim, temos uma vista previligiada da curva do Rio Ardila, pleno de pujança, como se de um enorme rio se tratasse. Pena seja que ao passarmos pela ponte do Ardila, e ao olharmos para montante, tenhamos uma vista desse mesmo rio, pormenorizada, com uma água de cor verde, com zonas de uma espuma clara, e laivos do que parece ser algo gordurento.
Assim como a água de Alqueva, que já foi confirmado oficialmente não estar em condições para um tipo de turismo balnear, pelo que terá de ser aproveitada para regadios, produção energética, e ao nível de turismo, só mesmo barcos, pesca, e campos de golfe.
Eu diria mais... Para Fotografia também... Enormes espelhos de água, conciliados com os recantos da bela paisagem Alentejana... Há que aproveitar e explorar (onde nos deixam...), já que "nuestros hermanos" só nos mandam caquinha, e não podemos tomar um banhitos...
E para acabar como comecei: De Espanha, nem bons ventos, nem bons casamentos...

Saudades da terra

Hoje vou aqui fazer referência ao blog de um amigo de longa data, emigrado na Suiça há vários anos, e que dedica os seus tempos livres à pintura, recreando memórias e espaços de outros tempos, e passando-os para a tela numa forma tão singular e peculiar como é a arte Naíf, também conhecida como Arte Primitiva Moderna.


Estes são dois bons exemplos da sua obra. Quem não se lembra do "Nicolau" a vender as suas deliciosas sandes e linguas de sogra, ao Domingo, em frente ao jardim na sua motoreta? Ou ainda, o vendedor da cal a percorrer as ruas da vila com o seu forte pregão: -Olhá cal branca mulher...
Tudo isso poderemos encontrar em:
http://peintre06.skyblog.com/index.html

Aproveito para fazer a (fraca) tradução para português da sua página de apresentação.
"Um novo pintor Naíf, que começou a pintar com 24 anos. Uma arte autênticamente Naíf, e um talento notável, dirigido para o sonho.
As paisagens, as figuras, tratadas em tons claros e de uma extrema frescura, envoltas numa luz misteriosa e radiante de uma ternura profunda.
Ele participou na Art'air em 2004, na Pintura a Óleo em 2005, e ainda na Arte nas terras Raianas - Prémios Saluquia 2005''.

Muitos Parabéns Jorge, um grande abraço, e continua...

Torre Sineira

Bem... hoje entusiasmei-me com os dois comentários que tive, e já estou a abusar nos posts. Mas é para compensar os "meus visitantes" pelos meses que levo sem colocar aqui nada.
Esta foto, eu reolvi fazer em PB (Tal como os assuntos de política do meu blog) para não a estragar ainda mais que aquilo que iria sair só pelo facto de ser tirada por mim. Pois as cores reais desta nossa torre, que depois de sofrer várias alterações ao longo dos séculos, levou por fim com uma bela cor amarela, por esse tão nobre organismo de, bloqueio umas vezes, e outras de um futurismo tal, que deixa o mais distraído cidadão estupidofacto...
P.S. (Sem......): Não estou a falar da Câmara (mas poderia estar), mas sim do IPPAR.

A Ganda Imensidão... como ela é.

Onde mais poderemos encontrar tal imensidão???
-Pronto. Ok... Em vários sitios do globo, e até na Lua e em Marte.... Mas esta é Única. É cá. No nosso Alentejo.
Posso Dizer que é perto da Póvoa de S. Miguel, mas não sei o nome do local...

Escaça pastagem

Foto tirada em 2005, em plena seca generalizada, no caminho entre Alqueva e Marmelar. Os pobres animais esforçavam-se por encontrar alguma comida na pastagem já repassada várias vezes. Também baptizei esta foto com o cognome de -Comendo terra-.

IUPIIIII… Eh Pá, Tive Uma Visita…

Hoje tive um bocadinho livre para vir aqui colocar qualquer coisita, e qual não é o meu espanto quando olho para o último post e vejo lá: -Coments:1.
-Ehhh Pá... Mas o que vem a ser isto??? Quem é que andou por aqui a rondar??? Atão não é que por fim tive um comentário??
E lá fui com o dedito nervosito clicar no numerozito pequenito. Aquilo deveria ser obra de algum cyber-tresloucado que na sua louca deambulação veio parar ao local mais inóspito do cyber-espaço, e completamente passado com tamanho monte de baboseiras, resolveu achincalhar-me no meu próprio reduto.
Lá carreguei, esperando nervosamente que a ligação (super rápida) que o meu fornecedor de serviço me disponibiliza a troco de uns míseros éros, que a janelinha dos comentários abrisse.

Por fim lá aparece a janela, e ao olhar para o nome do comentador, fico aterrado.
Sátiro. Bem isto vai ser o fim do mundo. Vai-me satirizar forte e feio em minha própria casa.
Qual não é o meu espanto, quando começo a ler, e vejo que não é nada disso, e que o tipo até parece gostar daquilo que viu. Porreiro. Vai divulgá-lo e tudo… E até me dá os parabéns. Eh pá, isto agora é que vai ser um ganda arraial. Terei de contratar daqueles seguranças para seleccionar as entradas??? Em que banco irei abrir conta quando os gajos da televisão me vierem oferecer os contratos milionários?

Alto. (Pensamento consequente) O tipo chama-se Sátiro. Isto só pode ser uma sátira. E das grandes. O meu blog vai ser o mais gozado de todos os tempos. Este vai dizer ao amigo, que ainda é pior do que ele uma quinhentas mil vezes, e depois vão para o canto do Pinto, e... pronto. É o fim. Nunca mais vou sair de casa, vou construir um bunker, tal americano nervoso, vou enchê-lo de mantimentos, água e… não. Água não. Umas garrafitas de tinto e uma gradezitas de cerveja, convidar uns amigos e…
-E FAZER UMA GRANDE FARRA… Porra, tive uma visita no blog. Boa ou má, foi uma visita. E até que foi um\ncomentário bem simpático do amigo Sátiro, o qual aproveito para cumprimentar publicamente (é claro que o público sou eu e… ele, se cá voltar outra vez). Claro que fui logo ver o seu blog, que desconhecia e gostei bastante.

P.S. (sem conotações políticas, que este blog não se quer de cor alguma, a não ser as das fotos): Quando estava a fazer este post, verifiquei que entretanto caiu outro visitante, com outro comentário, o qual aproveito para agradecer. Obrigado também para ti Silvestre. Continua com essas belas fotos.

P.S. 2 (Sem conotações... blá, blá, blá) Divulguem amigos, divulguem, que dá força ao ego.

Mar Seco

Searas ondulantes, pingadas por azinheiras solitárias, resistindo ao calor abrasador. É assim este nosso Alentejo. Único.

A velha Estação

No outro dia um amigo enviou-me umas fotos por email. Julgando eu ser mais algum daqueles emails que nos chegam todos os dias às carradas de teor... ahhhh!!!! Enfim... Desses. É claro que o titulo das fotos era "Moura***.jpg" e o meu primeiro pensamento foi o de que seria alguma conterrânea, ou não!
Mas como ia dizendo... Esse meu amigo, que é louco por comboios, dedica-se a coleccionar tudo o que venha a respeito, como tal é possuidor de uma vasta colecção de maquinaria, assim como fotos de imensas estações, desde o mais pequeno apeadeiro até à mais avançada "Gare". Pois o assunto era mesmo esse.

Qual foi o meu espanto quando vi a tão saudosa "Automotora" estacionada em frente à nossa estação. E para que não houvesse dúvidas, lá estava bem escarrapachado na parede a identificação em letras maíusculas MOURA.

Melhor ainda, a segunda foto era uma gravura dos tempos daqueles velhinhos "charutos"... Fiquei maravilhado. Mas ao mesmo tempo repensei e... que porra. Ao que as coisas chegam. Hoje, aquele espaço que em tempos foi a principal porta de entrada desta terra, está jogada ao abandono. Não que eu seja um defensor do reactivamento da linha. Não, de todo. Apenas e só para fins turísticos. Aí sim. Porque todos nós sabemos que hoje a grande maioria das pessoas tem viatura própria, e não é com meia duzia de passageiros diários que se consegue manter uma infra-estrutura como esta. E hoje em dia, aliás, como sempre, ninguém trabalha para aquecer.
Mas o que me revolta é o estado de abandono a que a estação (e sua envolvente) está votada. Não só a estação mas também as antigas casas dos trabalhadores da CP.
Eram os Quarteis (esses parece que já vai...), mas por favor não se esqueçam da estação!!!!
Como é que uma empresa (com capitais públicos) deixa abandalhar uma coisa que pode render uns milhares??? Não será laxismo??? É com certeza. E não só. Um puro desprezo pelo interior, onde esta empresa (REFER) deita ao abandono infra-estruturas de enorme valor não só económico, como também histórico e humano.
Enfim é o país que temos... Felizmente que ainda há pessoas que com o seu "bixinho" do coleccionismo se vão dedicando a deixar para a posteridade imagens como estas...

O desmoronamento da Verticalidade...

Atalaia Magra
Um dos monumentos da coroa exterior de segurança circundante desta nossa cidade. Graças a Deus que os Espanhois já não pensam em nos invadir (pelo menos de forma muito violenta) pois as nossas defesas estão... como direi... muito desguarnecidas.
Só algumas "minas" se mantêm por lá, com as quais temos de ter muito cuidado para não pisar. Embora, e ao que julgo saber, nos tempos a que remonta a construção, não existisse ainda tal material bélico.
Agora vai servindo para alguns encontros mais quentes e húmidos (mesmo sem estarmos nos trópicos) que deixam um rasto de latex usado à sua volta.

Meu Lirio Roxo do Campo!

Nos campos do Alentejo
Nasce o trigo, nascem flores.
E é por esta bela terra,
que eu me perco de amores...

Ermida de St.º António (Moura)

Alentejo Florido